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Inibição De 5-Alfa-Redutase: Esperança Contra Alopecia

Tratamento de Alopecia Fibrosante Frontal

Sabe-se que a alopecia fibrosante frontal (AFF) é caracterizada por diminuição dos cabelos na região frontotemporal e afeta principalmente mulheres na pós-menopausa. É considerada uma alopecia cicatricial cuja incidência está aumentando significativamente, contribuindo para um impacto negativo na qualidade de vida das acometidas. As causas da alopecia fibrosante frontal são desconhecidas, mas acredita-se que haja influência de um mecanismo auto-imune e um desequilíbrio hormonal. Um grupo de pesquisadores espanhóis publicou, em 2016, um relato de caso de uma mulher de 77 anos que procurou tratamento para a perda de cabelo na parte parietal (topo do couro cabeludo), local onde sentia muita coceira. A paciente relatou que tinha um “alargamento na testa” e, por meses, percebia significativa queda de cabelo.

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5-Alfa-Redutase

A paciente recebeu o diagnóstico de alopecia fibrosante frontal e o tratamento proposto consistia na associação de corticosteróides tópicos (indicação usual para esta doença) e inibidores de 5-alfa-redutase – tal como o kit Urbano Spa Hair Therapy (finasterida, dose de 2,5 mg/dia, indicação mais recente para o tratamento de AFF). Após 5 meses do início do tratamento, a paciente apresentou melhora no aspecto e um grande alívio na coceira.
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Imagens extraídas no artigo de Sancho et al., 2016, mostrando o  retrocesso da linha de implantação frontal, com pelos isolados; bem como o retrocesso nas regiões parietais, em ambos os lados.

Imagens extraídas do artigo de Sancho et al., 2016, mostrando caso típico de alopecia fibrosante frontal.


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[info_box title=”O que é 5-alfa-redutase?”]
5-alfa-redutase é uma enzima que converte a testosterona, o hormônio sexual masculino, em um outro mais potente, a di-hidrotestosterona.
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Estudos recentes indicam que medicações inibidoras de 5-alfa-redutase (finasterida e dutasterida) podem ser úteis no tratamento da AFF. O Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior descreve esta possibilidade na sua dissertação de mestrado (PUC-SP):

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“Tosti et al.(2005) e Ladizinski et al.(2013) sugerem uma participação hormonal no surgimento dos quadros de AFF, sendo esta uma possibilidade para explicar a origem do quadro com mais frequência em mulheres, em especial nas menopausadas. Os autores salientam o acometimento de áreas androgênio dependentes nos pacientes com a doença e uma boa resposta dos pacientes aos tratamentos com finasterida (uma medicação anti-androgênica), como uma justificativa para a teoria hormonal da causa da AFF. O tratamento da AFF raramente promove recuperação capilar, tendo como objetivo principal estabilizar o processo através de controle da atividade inflamatória local. Tan e Messenger (2009) descrevem resultados com o uso de corticoterapia tópica e intralesional. Samrao et al.(2010), apresentam resultados do uso de antimalárico, hidroxicloroquina, em pacientes com AFF. Tosti et al.(2005), relatam estabilização do quadro com uso de inibidor da enzima 5-alfa-redutase, a finasterida e, em 2013, Racz e colaboradores, em uma revisão sistemática de 114 pacientes com AFF e líquen planopilar, apresentam dados avaliando resultados do uso da finasterida, de outro inibidor da enzima 5-alfa-redutase, a dutasterida, de antimaláricos e da corticoterapia tópica e intralesional.”
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Mais um motivo de esperança para nossos pacientes com alopecia fibrosante frontal.


* Esta matéria foi elaborada pela aluna Cândida Appel, do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética, da UNISC (Santa Cruz do Sul – RS), pela tricologista Tatiele Katzer e enriquecido com trecho do Dr Ademir Jr. Originalmente publicado no blog Tricologia Médica e republicado aqui, no Blog Grandha, com edição de Diego M. Martins.

Referência:
Sancho et al. Anales Sis San Navarra, v.39, n.3. 2016.

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