A evolução progressiva da escova

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por Celso Martins Junior

Caros amigos do setor da saúde e beleza; acabo de concluir uma incrível jornada de trabalho brilhantemente premiada por uma última visita a uma empresa modelo dedicada à inovação por meio da pesquisa e desenvolvimento do que chamamos de especialidades químicas para o mercado cosmético. Devo destacar que a maioria dos profissionais do setor não acreditaria que temos empresas de sangue verde e amarelo com tamanho porte, dotada de pontuais competências, tão dedicadas à inovação e equipadas com o que há de mais avançado e novo no campo da pesquisa tecnológica e ciência cosmética aplicada.

Na mesma semana em que comecei a minha odisseia, pude assistir em meios televisivos a mais um papelão da Z.I.C, o maior cartel do mundo, orientado ao uso criminoso do formol. Lá estavam eles nos canais policiais. Bem, acredito que seja neste cenário de contrastes que devemos apontar a evolução deste estratégico título que lhe chama tanto a atenção.

Começo por dizer que todas as providências que poderiam e deveriam ter sido tomadas para impedir que este problema se alastrasse de modo que fosse possível combater a dissolução do mercado cosmético “profissional”, lamentavelmente, não foram tomadas. O fato é que ficou tarde, muito tarde. Todas as tentativas foram abortadas pelo esforço político das empresas usuárias destas e também das novas drogas, e, como vocês todos sabem, “a união faz a força”.

Em meio aos bastidores destes acontecimentos, pouco menos que uma dezena de pesquisadores dedicaram um tempo extra e precioso à busca de mecanismos seguros para redução progressiva de volume para os cabelos. O Brasil se prepara agora para dar o terceiro passo, visto que o segundo foi dado pelo advento do ácido glioxílico, até hoje questionado pelo tópico 92 da RDC 3 de janeiro de 2012, nossa atual lista de matérias-primas restritivas e controladas, que para todos os efeitos prova sua irregularidade [do ácido glioxílico] e justifica a enorme lista de efeitos colaterais.

O Brasil iniciará agora uma terceira fase desta grande jornada, onde os “profissionais” da beleza, poderão degustar tecnologias jamais experimentadas, como a cisteamina de amino metilpropanol e o tioglicolato de amino metilpropanol, ambos já patenteados. Com este último o mercado poderá realizar o sonho do liso, leve e loiro, sem pensar na necessidade de teste de mechas, ou uso de luvas.

Não serão necessárias as preocupações com compatibilidades químicas ou níveis de tolerância variáveis a outros ativos químicos capilares. Não haverá efeitos colaterais como desbotamento por acidificação excessiva da estrutura capilar e o potencial redutor será realmente progressivo, permitindo reaplicações e sobreposições do ativo. Dentro de 1 ou 2 anos o Brasil ainda poderá degustar o Metabissulfito de Sódio, um oxirredutor já patenteado para a finalidade complementar de redução progressiva de volume, e, em prováveis 3 ou 4 anos, a nova geração de profissionais habitualmente usará mecanismos alisantes e redutores de volume jamais pensados nos dias de hoje. A boa notícia é que a partir disso será possível posicionar os “redutores de volume”, também conhecidos como escovas progressivas como produtos intermediários aos alisantes capilares, assim como hoje, podemos posicionar as colorações semi-permanentes (tonalizantes) para as colorações permanentes por oxidação. Bom apetite a todos vocês!